Diane Keaton estrelará comédia da HBO

Cada vez mais, grandes atores que fizeram carreira no cinema estão migrando para a TV. O veículo, sempre considerado "menor" diante das outras artes, já tem, desde algum tempo, aprimorado as técnicas narrativas e inovando cada vez mais, contruindo séries que em nada devem aos grandes filmes. Arrisco dizer que a TV, hoje, produz mais que o cinema em termos de qualidade.

A atriz Diane Keaton, conhecida por filmes como "O Poderoso Chefão", "Manhattan" e "Alguém Tem Que Ceder", e ganhou o Oscar de melhor atriz em 1977 por "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", é a próxima a engrossar essa lista. Ela estrelará uma nova comédia da HBO, segundo o site "The Hollywood Reporter".

Ainda sem nome definido, a trama vai abordar a vida de uma feminista que lança uma revista pornográfica para o público feminino, resgatando ainda alguns dos princípios que fundamentaram o movimento dos anos 1960. Marti Noxon, responsável por séries como "Grey's Anatomy" e "Brothers & Sisters", e Dawn Parouse, que esteve por trás de "Prison Break", serão os produtores do projeto ao lado da atriz.

Direto do forno

O que é um fim de semana sem novidades? Não tem graça nenhuma, não é mesmo? Mas, se por aí as novidades não forem as melhores, garanta ao menos as novidades em boxes de séries em DVD! Garanto que diversão não vai faltar. Então, confira duas ótimas novidades no setor para se divertir neste final de semana.

A primeira dica é o box da sétima temporada de “Gilmore Girls – Tal Mãe, Tal Filha”. Até mesmo em sua sétima temporada, as histórias neste drama sobre relações humanas permanecem novas, enquanto o elenco ainda brilha. Depois de experiências únicas após 20 anos como mãe solteira, depois de uma série de infortúnios, depois de comprar o vestido de casamento perfeito e observá-lo pendurado em um cabide, Lorelai finalmente se casa. Sim, mas com quem? A resposta é apenas uma das deliciosas intrigas que acontecem durante os 22 episódios dessa nova temporada, envolvendo uma mãe, uma filha, uma cidade e um mundo, que as dedicadas Gilmore Girls tomaram para si. E os fãs devem estar atentos ao já conhecido ritmo rápido dos diálogos do seriado - mas, como sempre, tudo acaba bem no final. De Nova York a Paris... Do casamento de Lorelai ao chuveiro de Lane... Da formatura de Rory.. Do começo ao fim... Para se divertir e se emocionar.

Já a segunda, mas não menos importante dica, é o box da segunda temporada de “Pushing Daisies – Um Toque de Vida”. Se você gosta da série, não deixe de conferir o box, já que esta temporada não será exibida na TV aqui no Brasil, como já foi dito em post aqui no SÉRIES EM SÉRIE no início desta semana. O jeito, então, é desembolsar uma graninha para conferir o desfecho desta, que é uma das mais belas séries já produzidas nos últimos anos. Acompanhe Ned, um jovem que carrega um dom muito especial. Quando criança, ele descobriu que era capaz de, com um simples toque, brevemente reviver os mortos. Agora, ganhando a vida como fazedor de tortas, Ned faz bom uso de seu dom, não apenas tocando frutas mortas para conferir um sabor extra aos seus produtos, mas também atuando como investigador particular para resolver difíceis casos de assassinato. Claro, trazendo as vítimas de volta à vida para conseguir o nome dos seus algozes. Mas tudo fica complicado quando Ned traz de volta à vida seu grande e verdadeiro amor, Chuck, mantendo-a viva. Chuck se torna a terceira parte no escritório de investigações particulares de Ned e Emerson, encorajando-os a usar as habilidades de Ned para o bem, sem visar lucro. A vida poderia ser perfeita para Ned e Chuck, exceto por um cruel detalhe - se ele tocar sua amada mais uma vez, ela volta a morrer. E desta vez para sempre! Vale a pena descobrir como esta história termina!

Fim de Semana em Série: Publicada toda sexta-feira.

Joely Richardson em "The Tudors"

Já se sabe que "Nip/Tuck", infelizmente, chegará ao fim na sexta temporada. Já se sabe também que a sexta e derradeira temporada já foi totalmente filmada e deve estrear nos EUA ainda em 2009. Ou seja, as desventuras na McNamara/Troy terminam de vez em 2010!

Mas não ficaremos órfãos de Julia McNamara, ou melhor, Joely Richardson. A bela atriz, que passou os últimos seis anos dividida entre Christian e Sean, além de ter engatado um romance homossexual, agora será uma rainha. Ela está confirmada no elenco da quarta temporada de "The Tudors", série exibida pelo People + Arts sobre a vida do rei Henrique VIII.

De acordo com o colunista Michael Ausiello, do site EW, a atriz fará o papel de Catarina Parr, a sexta esposa de Henrique VIII, vivido por Jonathan Rhys Meyers. Joely Richardson, que é inglesa, teria disputado a vaga no seriado com outras atrizes badaladas, como Gillian Anderson, que atuou em "Arquivo X", segundo o colunista.

"The Tudors" também está na reta final. A série do canal estadunidense Showtime se encerrará na quarta temporada, com estreia prevista para 2010 nos EUA.

Uma estranha família...

"Os Oblongs" tem uma importância especial na vida deste jornalista: ajudou a tornar 2005, que foi um ano pessoalmente extremamente difícil, mais feliz! Não só isso: pavimentou a felicidade que se seguiria entre os anos de 2006 a 2008, com certeza os anos em que mais cresci, tanto no pessoal quanto no profissional. Mas não falemos de mim: falemos desta divertida comédia de animação!

"Os Oblongs" contava a história de uma família bem diferente: todos tinham algum tipo de defeito físico e/ou psicológico. Não só a família Oblong, mas vários outros moradores de Hill Valley. O fato tinha razão de ser: Hill Valley ficava localizada perto de um pântano totalmente poluído pelos dejetos de uma fábrica que ficava no alto da colina. Assim, a série retratava as diferenças sociais, ressaltadas pela dicotomia entre os moradores de Hill Valley e os moradores do alto da colina. Todos os tipos de diferenças eram abordados: ricos e pobres, belos e feios, patrões e empregados, perfeitos e deformados etc. Deste modo, "Os Oblongs" fazia uma ácida e bem humorada crítica à sociedade atual.

A família Oblong era encabeçada, claro, pelos pais. Bob Oblong, o pai, é um incorrigível otimista. Mesmo sem os braços e as pernas e trabalhando embalando pesticidas com a boca, Bob é feliz e completamente apaixonado pela mulher, Pickles Oblong. A matriarca nasceu na colina, mas mudou-se para o vale para se casar. Depois disso, perdeu os cabelos e se tornou viciada em álcool e cigarro, ficando extremamente magra. Porém, nada disso a impede de ser uma boa mãe e esposa. A falta de cabelos foi resolvida com uma estranha peruca. Bob e Pickles tem quatro filhos: os mais velhos são os gêmeos siameses Chip e Biff Oblong, de 17 anos. Apesar de compartilharem o mesmo corpo, os dois são muito diferentes: Chip é descontraído; Biff é bitolado e apaixonado por esportes. Vivem brigando para decidir quem fica com a perna do meio (eles tem três pernas), mas, no geral, se entendem muito bem. Tanto que um deles sempre entra em coma voluntário quando o outro quer ter um momento de intimidade. A caçula é Beth Oblong, uma meiga garotinha que tem um tumor crescendo na cabeça.

Já Milo Francis Oblong é o filho "do meio". As tramas dos episódios de "Os Oblongs" giram em torno dele, que possui vários traumas mentais e sociais, além de ser hiperativo e ter uma cabeça imensa, um único fio de cabelo e um dos olhos semi fechados. As aventuras de Milo na escola, ou com os amigos estranhos, marcam os episódios. Seus amigos são: Peggy Weggy (possui um único seio e não tem a mandíbula, o que a faz ter problemas de dicção); Helga Phugly (sofre de obesidade mórbida, possui o corpo parecido com o de um sapo, mas se engana fantasiando ser bonita e popular); Creepy Susie (a gótica da turma e com tendências suicidas); e Mikey Butts (suas nádegas são caídas, de modo que ele tem que usar um sutiã para segurá-las).

Já os habitantes da colina são retratados pela família Klimer, os donos da fábrica que polui Hill Valley. São ricos, esnobes e tratam com desdém o povo do vale. São dali também as Debbies, um grupo de garotas que são exatamente iguais umas as outras, mesmo não sendo parentes, que estão sempre juntas. As Debbies são uma crítica à adolescência alienada, como a obsessão em ser sempre igual à alguém. Helga costuma dizer que é amiga das Debbies, mas elas a tratam com total indiferença. O prefeito de Hill Valley é Johnny Bledsoe, adepto da luta livre e que aparece sempre de máscara. E ainda há vários outros personagens coadjuvantes divertidíssimos, fazendo de "Os Oblongs" uma das séries de animação para adultos única.

"Os Oblongs" foi criado por Angus Oblong, autor do livro "Creepy Susie and 13 Other Tragic Tales for Troubled Children", que é a origem dos personagens da série. Foi lançada pela Warner Brothers em 2001 e teve somente uma única temporada, composta por 13 episódios.

No Brasil, "Os Oblongs" estreou em 2005 no SBT, nas madrugadas de sexta para sábado, quando iam ao ar dois episódios por semana na faixa "Séries Premiadas" (a atual "Tele Seriados"). Ainda em 2005, migrou para o horário nobre das quartas-feiras, onde registrou bons índices de audiência e chegou a ficar entre os cinco programas mais vistos da emissora. Em 2006, foi reprisado nas madrugadas de sábado, dentro de um especial de férias do "Cine Belas Artes", que exibia séries. Depois, "Os Oblongs" integrou a faixa "Adult Swin" no Cartoon Network. Atualmente está fora do ar, mas a lembrança fica. Humor crítico, politicamente incorreto e delicioso!

Animação em Série: Publicada toda quinta-feira.

Tru Blood será lançada na vida real

Sabe aquele sangue sintético criado pelos japoneses que permitiu que os vampiros pudessem se integrar à sociedade, em "True Blood"? É, o famoso Tru Blood! Pois bem. Se você tinha a curiosidade e estava louco para provar a bebida, seus problemas acabaram! Tru Blood será lançada na vida real, como foi informado durante a Comic-Con.

A Tru Blood real não deve ter sabor de sangue. Será uma soda de laranja. Porém, o visual será o mesmo da mostrada na série de TV, inclusive com a mesma garrafinha simpática que deve virar "xuxu" de colecionador (eu quero! Aaaaaaah!), como você pode observar nesta imagem. O Tru Blood passará a ser vendido ao final do segundo ano da série, a partir de 10 de setembro, inicialmente apenas pelo site da HBO.

Alan Ball, o criador da série, fez uma brincadeira sobre a composição da bebida. "[É uma mistura de] Cabernet, sangue de um hemofílico da realeza européia, vodka, Viagra e ecstasy", declarou, segundo o blog TV Séries.

Toma juízo, Band!

Já foi falado neste mesmo espaço que, embora ainda com alguma ressalvas, no geral as emissoras abertas estão tratando melhor os fãs das séries de TV. Globo, SBT e Record fixaram horários, cumprem a exibição das temporadas (na medida do possível) e, por conta disso, conseguem formar uma audiência estável e fiel, mesmo que em horários esdrúxulos.

Pois alguém precisa ensinar esta lição à Band. A TV dos Saad sempre lança mão de um bom programa, mas não tem paciência para esperar a formação de bons resultados. Resultado: promove um rodízio inconsequente de títulos e afugenta o potencial público destes shows. O mais recente exemplo é a série exibida nas noites de terça: nos primeiros meses do ano, lançou "The Shield", que também chegou a ser exibida e ignorada pela Record. Algumas semanas depois, tirou "The Shield" do ar para exibir "Las Vegas" (que também já foi exibida e ignorada pela Record). Agora fica a dúvida: vale a pena começar a acompanhar? Como saber se, em breve, "Las Vegas" também deixe a grade para entrar um novo título? Não faz muito tempo que a mesma emissora também lançou mão de recurso semelhante quando começou a exibir "Lei e Ordem". Ah, você não sabia que "Lei e Ordem" já passou pela programação da TV do Morumbi? Pois é...

Outras séries também foram lançadas e logo esquecidas. Recentemente, foi a clássica "Punky - A Levada da Breca" que teve um momento revival nas tardes da emissora, para depois ser jogada para escanteio sem dó nem piedade. Depois, na mesma faixa, vieram ainda "O Mundo Perdido" e "Caçadora de Relíquias". A primeira também desapareceu; a segunda continua no ar, mas não é mais exibida em rede nacional. "Família Dinossauros" também chegou ao horário nobre, fez bastante sucesso, incomodando a concorrência, mas teve de ceder seu espaço para a novela "Dance Dance Dance". Depois, passeou pela grade e ainda aparece, de vez em quando, para tapar buraco. Merecia mais consideração.

Outro exemplo menos recentes foram as ótimas sitcoms "3rd Rock from the Sun", exibida com o título "Uma Família do Outro Mundo", e "That's 70 Show", que virou "De Volta aos Anos 70". Foram anunciadas com pompa, ganharam as noites de domingo e, pouco tempo depois, sumiram, para também virar tapa-buraco na grade. As duas séries chegaram a ser exibidas em algumas praças em outros horários, mas nunca mais tiveram um tratamento digno. Desconheço se alguma delas ainda é exibida em algum lugar do Brasil. "De Volta aos Anos 70" chegou a voltar às noites de domingo, por volta da meia-noite, em algumas regiões do Brasil (na faixa do "Mundo Fashion", em São Paulo).

Assim fica difícil confiar na emissora. Depois reclamam que as séries alcançam baixos índices de audiência...

TV Aberta em Série: Publicada toda quarta-feira.

"Lost" terá um revival de personagens

Personagens como Daniel Faraday e Juliet Burke estarão de volta no último ano de "Lost". E não só eles: até personagens que não eram vistos desde o primeiro ano darão as caras na sexta temporada da ficção de J. J. Abrams, segundo produtores do seriado no fim de semana, durante uma apresentação na convenção Comic-Con. A informação é de James Hibberd, da agência Reuters.

Os produtores fizeram poucas revelações sobre a última temporada da série. Uma das poucas informações reveladas é a de que a temporada final será parecida com a primeira. "Na primeira temporada, os personagens corriam pela selva, tudo era intenso e surpreendente, e sobravam descobertas emocionais sobre os personagens", disse o produtor executivo Carlton Cuse. "Temos um jeito com o qual vamos fazer isso também na temporada final."

Os produtores ainda garantiram que os principais mistérios da série terão uma explicação em seu encerramento. "Vamos responder tudo o que for importante", assegurou Damon Lindelof. Que assim seja!

A Globo diversifica e o espectador agradece

A Globo não foi feliz na escolha de seus programas da linha de shows do ano passado. A aposta em comédias sem-graça e parecidas umas com as outras, como “Casos e Acasos” e “Faça Sua História”, só fez enfraquecer sua grade. Não por acaso, 2008 foi um ano em que a rede amargou baixos índices, para os seus padrões, em vários horários.

Porém, a rede demonstra ter aprendido com os erros e montou uma grade de séries que primam pela diversidade. Basta observar: lançou duas novas séries no primeiro semestre, “Força-Tarefa” e “Tudo Novo de Novo”. A primeira, um drama policial. A segunda, um drama familiar. Dois bons produtos. A primeira deve até voltar no ano que vem. A segunda deve terminar por aqui, mas teve uma trajetória digna.

Terminadas estas, veio “Som & Fúria”. Foi exibida como minissérie, mas era, na verdade, uma série exibida quatro vezes na semana. A adaptação de Fernando Meirelles do original canadense “Sling and Arrows” pode não ter elevado os índices de audiência, mas brindou o público com uma das melhores novidades do ano. Um humor delicioso e sutil, em tramas que mostravam os bastidores do teatro.

“Som & Fúria” terminou e outras novidades virão. A primeira é “Decamerão – A Comédia do Sexo”, série de humor que usa de poesia, malícia, bem irreverente e diferente de tudo que já foi feito em comédia seriada na TV. Se for tão bom quanto o piloto, exibido como especial de fim de ano, já está valendo.

O reality “No Limite” está de volta, o que é bom para diversificar a grade e não ficar muito dependente de séries de ficção. Mas elas voltam! Terminada a saga dos aventureiros de Zeca Camargo, é “Aline” quem ocupará as noites de quinta-feira. A série, adaptação das tiras da personagem de Adão Iturrusgarai, é uma comédia jovem e moderna, ousada e com uma linguagem também bastante diferenciada. O piloto, assim como “Decamerão”, foi delicioso. Vai ser legal!

E ainda vem “Cinquentinha”, de Aguinaldo Silva, que parece ser algo como uma espécie de “Sex and the City” com sexagenárias. E a segunda temporada de “Ó Paí, Ó”, uma comédia regionalista, também está garantida. Além disso, ainda deve pintar uma série de temática mais popular nas noites de domingo. Pois é! Depois de um bom tempo dando murro em ponta de faca, a emissora caminha para novas possibilidades de experimentação, que só tem a somar no sentido de uma renovação de grade constante. Para uma emissora com grade de programação absurdamente conservadora, é um avanço e tanto!

Séries em Série é a coluna assinada por este jornalista, publicada toda terça-feira no portal Tele História (http://www.telehistoria.com.br/).

2º ano de "Pushing Daisies"? Só em DVD!

Há algumas semanas, reclamei aqui, na seção Séries em Série no TH, da atual inconstância da grade do Warner Channel. Está cada vez mais difícil entender a lógica do canal, com mudanças de horário (e horários esdrúxulos), pausa em determinadas séries, as chatas reprises do "Warner Movie" etc. Eis que mais uma decisão doida e sem propósito acontece.

O box da segunda temporada da ótima "Pushing Daisies" acaba de ser lançado no Brasil. O box contém os 13 episódios finais da bela criação de Bryan Fuller. Porém, esta mesma temporada segue inédita na TV brasileira. E assim deverá continuar. Como bem observou Paulo Serpa Antunes, no site TeleSéries, o hotsite do DVD destaca que "essa é a última temporada e ela só será disponibilizada em DVD". Ou seja, a emissora simplesmente ignorou solenemente os vários fãs da série que ela criou.

Sim, porque "Pushing Daisies" foi lançada com toda pompa no final de 2007. Até Lee Pace, o Ned, esteve no Brasil para lançá-la. Merecidamente. A série estreou em alta, tinha uma premissa vitoriosa e uma produção impecável, sucesso de público e crítica e uma grande promessa na televisão estadunidense. Porém, a segunda temporada não foi bem sucedida e "Pushing Daisies" acabou cancelada, frustrando as melhores expectativas. Uma pena!

Mas a segunda temporada existe, tem um episódio final e telespectadores que aguardavam ansiosos pela sua volta à telinha. Agora, leva esse banho de água fria. A Warner deveria, em sua programação, alertar o público com os seguintes dizeres: "atenção: série sujeita à aprovação da audiência. Se falhar, nos reservamos no direito de tirá-la do ar. Telespectadores que a acompanhavam deverão 'se virar' e comprar o restante dos episódios em DVD". Parece piada!

Reflexões sobre a vida e a morte

"A Sete Palmos" ("Six Feet Under", no original) é uma série que resume bem o atual momento criativo da TV estadunidense. A criação de Alan Ball, que ganhou um Oscar de melhor roteiro original por "Beleza Americana", em 1999, poderia ser um grande drama, já que seu tema central é a morte, mas o trata junto com temas comuns a todos, como relacionamento e, principalmente, família. Assim, ao mesmo tempo em que surgem situações carregadas de conflitos, surgem também momentos engraçados. O drama e o humor negro são marca desta produção original da HBO, que ficou no ar entre 2001 e 2005, somando cinco aplaudidas temporadas.

"A Sete Palmos" gira em torno da família Fischer, que possui uma casa funerária. A trama começa quando o patriarca Nathaniel Fischer (Richard Jenkins) vai buscar o filho mais velho Nate (Peter Krause) no aeroporto. Ele saiu de casa faz tempo e viria de visita para as festas de final de ano. Porém, um ônibus bate no carro de Nathaniel, que morre. Nate conhece Brenda (Rachel Griffiths) enquanto espera o pai e acaba transando com a moça na mesma hora, no almoxarifado do lugar. A morte de Nathaniel desencadeia toda a estrutura da série, pois obrigará Nate a assumir a funerária da família, função esta que sempre repudiou.

A família Fischer se completa com Ruth (Frances Conroy), a mãe histérica e carente, David (Michael C. Hall), o filho do meio e homossexual e Claire (Lauren Ambrose), a caçula, adolescente revoltada e drogada. Ao chegar em casa, Nate terá que acertar as contas com seu passado ao mesmo tempo em que se envolve numa estranha relação com Brenda, que possui uma família ainda mais estranha que os Fischer. Outros personagens da série são Federico Diaz (Freddy Rodriguez), embalsamador da funerária, e Keith Charles (Mathew St. Patrick), policial namorado de David.

Os episódios de "A Sete Palmos" sempre são abertos com as cenas da morte de alguém. O falecido vai parar na funerária Fischer & Sons e lá irá influir, direta ou indiretamente, na vida da família. São comuns na série cenas em que os mortos conversam com os personagens e dão opiniões sobre determinada situação da vida de cada um deles. O próprio Nathaniel Fischer sempre dá as caras na série, conversando com os filhos. Outra característica da produção é a inserção de cenas que retratam a imaginação do personagem, que mostram o real sentimento deste em determinada situação.

"A Sete Palmos" estreou no Brasil na HBO, mas também foi exibida pelo Warner Channel. No SBT, foi ao ar nos já conhecidos ingratos horários da madrugada. E pior: não ia ao ar em rede nacional (com exceção da primeira temporada, que foi exibida em 2004, às sextas, por volta da 1 da manhã; além disso, a primeira temporada teve três episódios exibidos em horário nobre, às terças, 21 horas, numa tentativa do SBT de colocar boas séries na faixa nobre todos os dias da semana. Mas a tentativa durou três parcas semanas, quando as séries foram substituídas pela reprise da novela "Xica da Silva").

"A Sete Palmos" é uma das mais belas séries de TV de todos os tempos. Espetacular!

Memória em Série: Publicada toda segunda-feira.

Teri Hatcher & James Denton

Teri Hatcher

Teri Lynn Hatcher nasceu em Sunnyvale, Califórnia, EUA, no dia 8 de Dezembro de 1964.

A atriz ganhou fama na TV, no seu papel como Lois Lane na série “Lois & Clark: As novas Aventuras do Superman”, de 1993 e atualmente interpreta o papel de Susan Mayer na série “Desperate Housewives” .

No cinema, seu trabalho mais conhecido e popular foi como a bond girl Paris Carver no filme da série de James Bond, “007 - O Amanhã Nunca Morre”, de 1997.

James Denton

James Denton nasceu em Nashville, EUA, no dia 20 de janeiro de 1963.

Participou de filmes como “A Outra Face”, de 1997. Na TV, esteve em “The Pretender”, “The Drew Carey Show”, “Reba”, “Threat Matrix”, “Ally McBeal” e “The West Wing”, entre outras séries.

Atualmente, vive Mike Delfino em “Desperate Housewives”.

Galeria em Série: Publicada todo sábado.

"Som & Fúria" termina hoje

Termina hoje, depois do "Globo Repórter", a adaptação da série canadense "Sling and Arrows". Exibida pela Globo como uma minissérie, "Som & Fúria" teve 12 episódios, referentes à primeira e segunda temporada do programa do Canadá.

A minissérie não conseguiu alcançar as expectativas dos produtores, que esperavam atingir pelo menos 20 pontos de audiência. A média geral da obra oscilou entre 15 e 18 pontos. Em dia de futebol, quando entrava no ar tarde da noite, marcava índices modestos. Na última quarta, por exemplo, marcou nove pontos.

Mas "Som & Fúria", que foi muito bem produzida e adaptada, teve ótimos momentos. E, mesmo que a audiência não tenha estourado, a Globo ficou satisfeita com ela. Tanto que não descarta uma nova temporada da atração.

Para matar as saudades

“Já não se fazem mais séries como antigamente...”. Se essa é uma das suas frases preferidas, deixe o saudosismo de lado e se divirta com as melhores séries de todos os tempos. Nas dicas desta semana, somente clássicos da televisão! Confira!

A primeira dica é um lançamento: a oitava e última temporada de “A Feiticeira” acaba de chegar em DVD. Samantha, uma poderosa integrante da sociedade das bruxas viveu longe e até mesmo desdenhou a humanidade por muitos séculos, mas um belo dia, ela se apaixonou por um mortal... Para o desgosto da sua família, ela jura deixar a bruxaria de lado e tornar-se uma dona de casa comum, daquelas que apenas cuida da família. Incapaz de deixar sua ascendência completamente fora de sua vida, o atrito entre a sociedade matriarcal e desprendida de valores monetários em que Samantha nasceu e a patriarcal e capitalista do mundo da publicidade em que ela vive dá muito pano para risadas durante oito temporadas e 256 episódios, de 1964 a 1971. Neste box, confira o desfecho de uma das mais queridas séries já vistas na televisão.

E que tal “MASH”? A série acompanha o cotidiano de um grupo de militares nos bastidores das batalhas que tinham como tarefa cuidar dos feridos. Os protagonistas são os capitães Franklin Pierce (Alan Alda) e John McIntyre (Wayne Rogers). Fazia também uma crítica ácida e incisiva a todas as formas de poder. Era inspirado no filme homônimo dirigido por Robert Altman (baseado no romance de Richard Hooker). Foi um dos mais importantes manifestos antibélicos da TV. A série transformou-se numa das séries de maior sucesso e duração dos EUA, ficando 11 anos no ar, num total de 251 episódios. Até hoje, a série mantém o recorde de audiência da TV norte-americana com o episódio final, exibido em 1983. Reviva seus momentos favoritos de “MASH” com esta Edição para Colecionador contendo todos os episódios da 1ª e 2ª Temporadas da série cômica que fez história e conquistou fãs em todo mundo! Vale a pena conhecer!

Fim de semana em Série: Publicada toda sexta-feira.

Globo lança novas séries

Com o final de "Som & Fúria", novas séries nacionais devem pintar na tela da Globo. A primeira estreia do semestre será "Decamerão - A Comédia do Sexo". A série é uma comédia licenciosa e romântica com toques de aventura e erotismo, baseada na obra de Boccaccio. Criada e dirigida por Jorge Furtado, a série tem no elenco Lázaro Ramos, Matheus Nachtergaele, Déborah Secco, Drica Moraes, Daniel de Oliveira, Tonico Pereira, entre outros. Estreia em 31 de julho, depois do "Globo Repórter" e terá quatro episódios.

Nas noites de quinta-feira, na vaga de "Força-Tarefa", entrará o reality "No Limite", que estreia no próximo dia 30. Terminado o programa, entra nova série na grade. "Aline", baseada nos quadrinhos de Adão Iturrusgarai, estreia em 1º de outubro, segundo entrevista dos próprios atores envolvidos ao "Vídeo Show". A série é uma comédia moderna que mostra a relação entre a personagem-título, vivida por Maria Flor, e seus dois namorados, Otto (Bernardo Marinho) e Pedro (Pedro Neschiling). Devem aparecer na série Leona Cavalli, Bianca Comparato, Camila Amado, Raquel Galvão, Gillray Coutinho, além dos músicos Branco Mello e Paulo Miklos, do Titãs. O roteiro é assinado por Mauro Wilson e a direção é de Maurício Farias. Terá oito episódios.

As duas séries tiveram seus episódios-pilotos exibidos como especial de fim de ano em 2008 na Globo.

Onde está Carmen Sandiego?

"Carmen Sandiego" foi uma série de animação que convidava a audiência a bancar o detetive. Isso porque a personagem-título era uma ladra que contava com uma alta tecnologia a seu favor, capaz de realizar roubos espetaculares. Carmen roubava monumentos, obras de arte, artefatos, enfim! Tudo poderia ser um alvo de suas ações. Ela roubava não pelo valor do objeto, mas pelo fascínio em superar a si mesma, deixando pistas por onde passava e desafiando os detetives da ACME, que viviam em seu encalço.

Cada episódio de "Carmen Sandiego" começava com um grande roubo. Daí, o Chefe (uma cabeça flutuante) recrutava dois de seus detetives, os irmãos Ivy e Zach, a juntar as pistas e partir por uma viagem ao redor do mundo em busca da ladra de vermelho. A cada visita dos irmãos detetives aos mais diferentes lugares do globo, o espectador era informado sobre onde estavam, sua população e suas principais características. Ou seja, o desenho dava lições de geografia e história sem ser chato. Ivy e Zach viajavam pelo mundo através de um portal acionado pelo "jogador", um personagem "live action" que aparecia a cada começo e final de episódio diante de um computador. Ou seja, a aventura era, na verdade, um grande jogo de video game, em que Carmen desafiava o "jogador" e este, com a ajuda de Ivy e Zach, é quem seguia as pistas para localizá-la.

No decorrer dos episódios, vai-se revelando a origem de Carmen Sandiego. Ela ficou órfã ainda criança e foi adotada pelo Chefe da Agência ACME. Lá, ela se tornou uma das mais famosas e competentes detetives de todos os tempos. Tornou-se a parceira de trabalho do Chefe e viveu grandes aventuras. Porém, cansada da falta de desafios, Carmen desligou-se da ACME e se tornou uma poderosa ladra, que roubava pelo prazer de vencer todos os desafios.

"Carmen Sandiego" ("Where on Earth is Carmen Sandiego?", no original) não se parece com um jogo de video game à toa. A personagem surgiu neste veículo para depois migrar para a televisão. O jogo foi produzido pela Brøderbund Software, lançado inicialmente em versão para Apple II, no meio da década de 1980. Posteriormente foram lançadas versões para IBM PC XT. Além dele, foram lançados "Where in the US is Carmen Sandiego?", "Carmen Sandiego Junior Detective", "Where in Time is Carmen Sandiego?", "Where in the World is Carmen Sandiego? Deluxe", entre vários outros títulos. No jogo, o jogador é o detetive que deve juntar as pistas para encontrar Carmen pelo mundo, assim como o "jogador" do desenho. Carmen também protagonizou um jogo de tabuleiro, com regras semelhantes ao jogo eletrônico. A personagem foi criada pelos ex-funcionários da Disney, Gene Portwood e Lauren Elliott, que quiseram criar um jogo educativo e divertido para as crianças aprenderem geografia.

A série animada "Carmen Sandiego" estreou na TV americana em 1995 e foi exibido até 1999, pela Fox. Também passou pelo canal Nickelodeon. Seus 40 episódios estrearam na TV brasileira entre 1995 e 1996, exibido no quadro "Disney Club", apresentado pelo Zé Carioca, dentro do infantil "TV Colosso", da Globo. Posteriormente, passou para o SBT, onde foi exibido nos infantis "Bom Dia e Cia" e "Disney Cruj". Uma série inteligente!

Animação em Série: Publicada toda quinta-feira.

Com quem será que o Mike vai casar?

Veja as fotos publicadas pelo UOL Televisão das gravações de "Desperate Housewives": Susan Mayer (Teri Hatcher) e Katherine Mayfair (Dana Delany) vestidas de noiva! Afinal, quem será que vai se casar? Ou as duas se casarão? Quem vai ficar com Mike Delfino (James Denton)?

Como você deve se lembrar, o último episódio da temporada anterior terminou com o casamento de Mike. A noiva entrou, mas não pudemos ver seu rosto. Seria Susan? Seria Katherine? Mike e Katherine estavam de casamento marcado, mas o conflito envolvendo o maluco do Dave (Neal McDonough) e o pequeno MJ acabou reaproximando Susan e Mike.

Por que será que as duas aparecem vestidas de noiva? Haverá um casamento duplo? Ou se trata da gravação de um sonho ou algo assim? Ou seria uma maneira de despistar a imprensa? Logo iremos descobrir. A nova temporada de "Desperate Housewives" deve estrear em setembro nos EUA. Por aqui, ainda não há data de estreia.

Um bom dramalhão

A TV aberta oferece boas séries à audiência. Tá, a maioria está escondida na madrugada, na melhor programação para vigias noturnos e porteiros (utilizando as palavras de Paulo Gustavo Pereira, da revista Sci-Fi News), mas é melhor do que nada. Mas alguns títulos, estranhamente, ainda não chegaram ao grande público. Digo estranhamente porque acredito que alguns deles comseguiriam atrair uma considerável audiência.

O melhor exemplo é "Brothers & Sisters". Um típico dramalhão, já na terceira temporada, ainda inédito na TV aberta. Por que será? Tem tudo o que o público da TV aberta gosta: conflitos familiares, crises conjugais, personagens simpáticos, irônicos e com grandes problemas... Ou seja, um folhetim. Um delicioso folhetim. A família Walker, com todos os seus problemas e crises, são, acima de tudo, uma família, que se ama e se respeita. Seus conflitos são universais: em maior ou menor grau, a convivência familiar é mesmo daquele jeito. Ainda mais quando é uma grande família, com cinco irmãos, um diferente do outro. Seis, se contarmos a filha bastarda.

"Brothers & Sisters" conta a história da família Walker, cujo patricarca, William, morre no primeiro episódio. A partir daí, alguns fatos da vida dele vêm a tona, sobretudo o caso que ele manteve por anos com Holly. Começa um interessante conflito entre Nora, a matriarca, e Holly, a amante. Os cinco irmãos, Tommy, Kitty, Sarah, Justin e Kevin, ao lado da mãe, vivem todo tipo de situação familiar. Nora é vivida por Sally Field, que vive seu momento "Regina Duarte" na TV, como bem comparou a colunista do Estadão Etienne Jacintho. É para rir, chorar e se emocionar!

Para se ter uma ideia de quão folhetim é "Brothers & Sisters", basta observar que a série, provavelmente, inspirou Aguinaldo Silva, o autor de "Duas Caras". O conflito entre Nora e Holly é extremamente semelhante ao de Branca (Suzana Vieira) e Célia Mara (Renata Sorrah). Assim como Nora, Branca descobriu que o marido tinha uma "amante fixa" depois da morte deste. Depois, as duas passam a disputar um espaço no "negócio da família" (no caso de "Duas Caras", uma faculdade; em "Brothers & Sisters", uma empresa do ramo alimentício) e até voltam a disputar o mesmo homem. Uma cena em que Nora e Holly brigam, no antepenúltimo episódio da primeira temporada, é bem parecida com a cena final entre Branca e Célia Mara. As duas saem no tapa, sendo que, na versão "Nora & Holly", ainda temos direito a uma guerra de comida no melhor estilo pastelão. Já na versão "Branca & Célia Mara" não há comida, já que a briga foi num escritório da faculdade, mas o desfecho é o mesmo: as duas percebem o papel ridículo que estão fazendo e começam a gargalhar.

Na época da novela, o colunista Daniel Castro, da Folha, chegou a apontar as semelhança entre "Brothers & Sisters" e "Duas Caras", mas Aguinaldo Silva negou qualquer "inspiração". Pode ser que realmente ela não exista, já que conflitos entre esposa e amante não foram inventados por nenhuma das duas produções. Porém, a cena da briga descrita acima é realmente muito semelhante. Quem viu as duas, com certeza teve a mesma sensação de "já ter visto aquilo em algum lugar". Sem problemas, as duas cenas foram ótimas!

Sendo assim, espero que alguma emissora aberta resolva logo trazer "Brothers & Sisters" para a TV aberta. Se você gosta de novela, vai gostar bastante da história dos Walker.

TV Aberta em Série: Publicada toda quarta-feira.

Séries em Série Viu: "Ger@l.com", 1º episódio

Assisti na manhã de ontem a estreia da microssérie infanto-juvenil ,“Ger@l.com” nova aposta para as manhãs da Globo. Minha sensação: a TV brasileira está numa sinuca de bico. Não é fácil agradar o público pré-adolescente. E acho que não vai ser desta vez que vai dar certo.

Pré-adolescente é um público muito difícil, pois já tem a pré-disposição de rejeitar tudo logo de cara. Não gosta de programas infantis, porque "não é mais criança". Ainda não tem maturidade o suficiente para absorver atrações mais adultas. E programas voltados a sua faixa de idade tem a tendência a tratá-lo como idiota. Difícil.

A própria Globo mirou neste público com "Bambuluá". A novelinha abandonou o humor e a fantasia de "Caça-Talentos", outra novela infantil, mas essa bem-sucedida, para apostar em aventura e uma certa dose de violência. Mesmo assim, os elementos fantásticos não caíram no gosto dos jovens. E as crianças não entenderam muito bem a trama. Resultado: baixa audiência. Na Cultura, foi feita uma evolução das séries educativas "Rá-Tim-Bum". A "Ilha Rá-Tim-Bum" era voltada aos mesmos pré-adolescentes, com menos didatismo e uma trama mais obscura, também com uma certa dose de violência (totalmente dentro dos limites, bem entendido) e toques de ecologia. Mais uma vez, os pré-adolescentes rejeitaram. Afinal, tinha um vilão mascarado e bonecos de fantoche. Ou seja, é infantil. O público-alvo, provavelmente, não viu e não gostou. Não sabe o que perdeu. "Ilha Rá-Tim-Bum" tinha um ótimo roteiro e uma trilha sonora fantástica!

Sabendo da rejeição deste público com elementos fantasiosos demais, “Ger@l.com” vai na contramão. Há sonhos, mas nada fantástico. Gírias, uma banda formada por jovens, bastante elementos de interação, linguagem de videoclipe... Será que a molecada de hoje gosta é disso? Se sim, e correndo o risco de parecer saudosista, acho uma pena.

No entanto, sabemos que essa molecada está mais conectada do que nunca. Portanto, a interação internet/TV seria o grande acerto. Seria, mas não é. Essa interação ocorre de maneira tímida, sem explorar de fato todas as ferramentas da web 2.0. Isso porque a Globo (e as emissoras brasileiras no geral) ainda temem a perda de público para a rede. Pois é isso mesmo que colabora com o fato, já que, para o público jovem, a internet vem oferecendo mais atrações que a TV. Enquanto esse medo das emissoras não acabar, a fuga continuará acontecendo. E depois querem emplacar a TV digital... Assim fica difícil...

"True Blood" está de volta

A segunda temporada de “True Blood” já começou no Brasil, com apenas um mês de atraso com relação aos Estados Unidos. Nada mal. Naquele país, a saga de Sookie Stackhouse bateu recordes de audiência na TV paga. A verdade é que os vampiros de Alan Ball são os “queridinhos” da TV americana no momento. E não é pra menos. Ball, depois da bela “A Sete Palmos”, acertou de novo.

Agora que todos os personagens já foram apresentados, fica muito mais fácil se envolver com a trama da série. Todos os ingredientes que deram certo na primeira temporada estão ali: mistérios, ação, suspense, humor negro, além de uma generosa dose de sensualidade. Alguns ganham mais espaço, como é o caso do xerife Eric. Ele continua na cola de Bill Compton e pretende continuar explorando a habilidade de Sookie de ler mentes em suas investigações.

Falando em Sookie e Bill, o casal parece entrar numa nova fase de seu relacionamento: a famosa discussão de relação. Livres da perseguição de Rene, a telepata e o vampiro terão tempo para avaliarem outros pontos do namoro. Além disso, agora devem bancar os “babás”. Jessica, a garota que Bill transformou em vampiro no final da temporada passada, promete dar muito trabalho. Até parece que o vampirão virou papai!

Jason Stackhouse continua idiota e promete continuar arrancando risadas com suas atitudes equivocadas. O irmão de Sookie agora pertence à Sociedade do Sol, uma espécie de igreja que prega o ódio aos vampiros. A série satiriza o estereótipo dos fanáticos religiosos e expõe a hipocrisia que cerca alguns movimentos religiosos.

E há ainda Maryann, que parece ser o mistério da vez. A assistente social que “adotou” Tara é velha conhecida de Sam Merlotte. E, pela cara do dono do bar, ela não é boa coisa. Já mostrou ser dona de um poder sobrenatural. Afinal, quem é Maryann? Ou melhor, o que é Maryann? E onde será que Tara entra nos planos dela? É o que a segunda temporada de “True Blood” nos convida a descobrir.

Ao que tudo indica, a segunda temporada de “True Blood” será tão interessante quanto a primeira. Tamanho o oba-oba sobre a série, que chega até a ser estranho o fato de a Academia de Artes e Ciências da Televisão tê-la ignorado solenemente no Emmy 2009. Nem mesmo Anna Paquin, a Sookie, que levou o Globo de Ouro de melhor atriz em série dramática no início do ano, foi lembrada para concorrer ao principal prêmio da TV estadunidense. Vai entender...

Com prêmio ou sem prêmio, a segunda temporada de “True Blood” merece a nossa atenção. Então se programe: na HBO, todo domingo, às 22 horas.

Falando em série da HBO, o SBT começou a exibir na madrugada de hoje a série “O Retorno” (“The Comeback”). Protagonizada por Lisa Kudrow, em seu primeiro trabalho na TV depois do encerramento de “Friends”, a comédia teve vida curta e apenas uma temporada de 13 episódios. Eu até a recomendaria, mas assistir a uma série às 4 da manhã nas madrugadas de segunda para terça é triste...

Séries em Série é a coluna assinada por este jornalista, publicada todas as terças-feiras no portal Tele História (http://www.telehistoria.com.br/).

"O Retorno" estreia no SBT

"O Retorno" ("The Comeback") estreia nesta segunda, 20, às 4 da manhã (é, já é terça...) no SBT. A série substitui "Entourage" na faixa "Tele Seriados".

"O Retorno" conta a história de Valerie Cherish, uma atriz que luta para voltar a atingir o topo da carreira. Assim, ela vai participar de um reality show sobre sua vida. Valerie é vivida por Lisa Kudrow, a Phoebe de "Friends". "O Retorno" foi sua primeira tentativa de voltar à TV depois do final da famosa sitcom.

A comédia original da HBO, no entanto, não emplacou e teve somente uma temporada de 13 episódios. Uma pena! Mas vale a conferida!

Adolescência mágica

"Sabrina - Aprendiz de Feiticeira" ("Sabrina - The Teenage Witch", no original) era uma sitcom de temática adolescente fantástica bastante divertida. Narrava as aventuras da bela Sabrina, vivida por Melissa Joan Hart, uma jovem que se descobre bruxa enquanto precisa lidar com problemas típicos da idade.

Sabrina vive com as tias Hilda (Caroline Rhea) e Zelda (Beth Broderick) e o gato falante Salém (na verdade, um bruxo condenado pela justiça e obrigado a viver na forma de gato por vários anos). Quando ela completa 16 anos, tem a sua primeira levitação durante o sono, o que faz com que Hilda e Zelda lhe contem a verdadeira origem da família: são feiticeiros. A partir daí, a moça aprenderá a lidar com seus poderes mágicos. Não é uma tarefa fácil: Sabrina não tem o domínio de seus poderes mágicos, o que a leva a cometer vários erros. Além disso, a vida de uma adolescente já não é muito fácil... Imagine para uma bruxa! Ela, por várias vezes, cairá na tentação de resolver seus conflitos com magia, atitude apoiada pela tia Hilda, mas não aprovada pela sensata tia Zelda.

Sabrina estuda no colégio da fictícia cidade de Westbridge, localizada perto de Boston, Massachusetts. Ali, convive com a melhor amiga, Valerie (Lindsay Sloane) e com o pretendente (e depois, namorado) Harvey Kinkle (Nate Richert), além da chata e exibida líder de torcida Libby (Jenna Leigh Green). Sabrina não pode contar a nenhum mortal que é uma bruxa, ou terá que transformá-lo em grilo (segundo a regra dos bruxos). No decorrer da série, Harvey vai embora e Sabrina passa a namorar Josh (David Lascher). Além disso, Sabrina cresce e vai para a faculdade. Mas Harvey volta no final da série para ficar ao lado de seu amor.

"Sabrina" nasceu nos quadrinhos, em 1962, em revistas da série "Archie", com argumentos de George Gladir e desenhos de Dan DeCarlo. Além da série live action, criada por Nell Scovell, Sabrina também estrelou uma série de animação. Melissa Joan Hart também estrelou alguns telefilmes vivendo a simpática bruxinha.

No Brasil, "Sabrina - Aprendiz de Feiticeira" foi exibida por anos no canal Nickelodeon. O canal também exibia "Clarissa", outra série protagonizada por Melissa Joan Hart quando era mais nova. Na TV aberta, "Sabrina" debutou na TV Globo nas tardes de domingo do início de 1997, mas logo saiu do ar para dar espaço à "nova" programação da emissora. Depois, foi exibida ainda dentro da programação infantil. A TV Record também exibiu "Sabrina" na programação infantil e também como programa solo em sua grade diária.

"Sabrina - Aprendiz de Feiticeira" foi produzida entre 1996 e 2003, somando sete temporadas e 163 episódios.

Memória em Série: Publicada toda segunda-feira.

Ellen Pompeo & Jensen Ackles

Ellen Pompeo

Ellen Pompeo é atriz e nasceu em 10 de Novembro de 1969 nos Estados Unidos.
No cinema, participou de filmes como “Demolidor” (2003), “Dias Incríveis” (2003) e “Prenda-me se for Capaz” (2002), entre outros.

Na TV, fez participações em séries como “Strong Medicine”, “Law & Order” e “Friends”. Atualmente vive a médica Meredith Grey, protagonista do sucesso “Grey’s Anatomy”.

Jensen Ackles

Jensen Ross Ackles nasceu em Dallas, EUA, em 1º de março de 1978.

Após ser modelo, Ackles começou a concentrar-se na carreira de ator em 1996. Ele apareceu em vários papéis pequenos, como em “Mr. Rhodes”, “Sweet Valley High” e “Cybill”, antes de se juntar ao elenco da novela da NBC “Days of Our Lives”, como Eric Brady, em 1997. Participou de filmes como “Dia dos Namorados Macabro” (2009) e “Adoradores do Diabo” (2005).

Na TV, participou de “Dawson’s Creek” e “Sétimo Céu”, além de “Dark Angel”, entre outras. Foi Jason Teague, namorado de Lana Lang, no quarto ano de “Smallville”. Agora é Dean Winchester, em “Supernatural”.

Galeria em Série: Publicada todo sábado.