terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vampiros por todos os lados!


Vampiros estão na ordem do dia, como já disse aqui há algum tempo. Com a estreia de “The Vampire Diaries” no Warner Channel, na última semana, aumentou a quantidade de dentuços sugadores de sangue na telinha. A nova série vem com uma “pegada” mais teen, na certa para atrair fãs de “Crepúsculo”. Esqueça a sensualidade e as cenas macabras de “True Blood” e embarque num romance colegial regado a fantasia.

A série conta a história de uma adolescente, Elena, que sofre com a morte dos pais. Enquanto tenta se desfazer da imagem de coitadinha, ela circula pelo típico universo colegial americano, com festas de colégios e hierarquias formadas pelos populares e não-populares. O sofrimento da mocinha é agravado com a rebeldia do irmão. Aí ela conhece Stefan, um sujeito misterioso que a encanta logo de cara. Os dois têm muito em comum, o que o torna uma espécie de “príncipe”, na visão dela. Mas ele esconde um segredo: é um vampiro!

Enquanto Stefan é o vampiro boa-praça, que sofre por amar uma mortal e precisa conter sua sede de sangue, Damon, seu irmão, é o vampirão do mal. Stefan e Damon são eternos rivais, já que o mocinho quer conviver pacificamente com os humanos, enquanto o vilão quer tocar o terror. E eles se encontrarão numa disputa por Elena, que está ligada aos irmãos como ela nem pode imaginar.

É um drama bem a cara do canal The CW, que o exibe nos EUA. Este é um novo momento de vampiros na TV e no cinema, sem dúvidas, e a emissora acerta ao apostar na temática. O maior problema de “The Vampire Diaries” é o excesso de clichês, tanto no quesito suspense quanto no quesito teen drama. No primeiro episódio já houve aquela manjada tentativa de fazer o mocinho ser, aos olhos do público, o culpado pelos ataques misteriosos. Ficou óbvio que não era ele, então a entrada triunfal de Damon não foi tão triunfal assim.

A meu ver, a série não consegue unir de maneira original a fantasia, a mitologia e a “realidade”, coisa que “Supernatural” (“Sobrenatural”), por exemplo, sabe fazer bem. Ao menos no primeiro episódio, a atração abusou do velho recurso de “assustar” a audiência a todo o momento e ficou faltando ação de fato.

Mas “The Vampire Diaries” bebe da fonte de “Crepúsculo” e, portanto, deve agradar aos fãs do longa e da série de livros. Aliás, esta série também é baseada numa série de livros de mesmo nome, da autora Lisa Jane Smith. Assim, é bem provável que repita por aqui o sucesso que vem fazendo lá fora.

E falando em vampiros, parece que o SBT também quer pegar carona nessa onda. Além de Daniela Beyruti, diretora-artística da emissora, já ter dito em seu Twitter que “The Vampire Diaries” será exibida na TV aberta em 2010, a série “Moonlight” é uma das candidatas à vaga de “Sobrenatural”. Ou seja, mesmo já tendo sido exibida e reprisada na madrugada, alguém lá da emissora deve ter concluído que a saga do vampiro-detetive Mick St Jones pode funcionar como uma espécie de “esquenta” da vampiromania na TV aberta. Vale lembrar que “Moonlight” tem apenas uma temporada.

Séries em Série é a coluna assinada por este jornalista, publicada todas as terças-feiras no portal Tele História (http://www.telehistoria.com.br/).

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