terça-feira, 2 de junho de 2009

"Fringe" e mistérios em série


“Fringe” é o novo “Arquivo X”, disseram alguns. Pode ser. Só não entendo o porquê de a gente (digo “a gente” porque me incluo nesta turma) estar sempre procurando o “novo alguma coisa”, sendo esse “alguma coisa” um programa do passado sobre o qual temos boas lembranças.

“Fringe” tem bastante de “Arquivo X”, é verdade. Temos um casal no centro, uma teoria conspiratória no fundo e algumas bizarrices pelo caminho. Porém, a nova série não tem uma dupla tão charmosa quanto Fox Mulder e Dana Scully, os astros da série de ficção referência nos anos 1990. Na verdade, o melhor de “Fringe” é, a meu ver, o quinto elemento, ou melhor, o amalucado Dr. Walter Bishop. Fala sério, ele é muito engraçado! Tudo bem que estamos numa série de suspense e tal, mas as tiradas de Walter são impagáveis.

Olivia e Peter são burocráticos demais, a meu ver. E estão sempre com a mesma cara de paisagem, por mais maluco que seja o caso da semana que estão investigando. Dupla por dupla que investiga casos misteriosos, ainda sou mais os irmãos Winchester, de “Supernatural”, muito mais carismáticos e com muito mais senso de humor.

Mas “Fringe” é bem interessante. À medida em que vão se passando os episódios e a verdade (ou parte da verdade) vem vindo à tona, a série fica mais e mais envolvente. A marca de J. J. Abrams, o atual “queridinho” do showbizz americano, é evidente, e a série consegue mesclar o suspense e a ficção na medida certa.

“Fringe” ainda não virou nenhum fenômeno como “Lost”, o outro “filho” de J. J., mas é um prato cheio para fãs de tramas de ficção científica e já garantiu uma segunda temporada. Pelo jeito, o mistério está apenas começando...
Séries em série é a coluna assinada por este jornalista publicada toda terça no portal Tele História (http://www.telehistoria.com.br/).

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